PEDRO AGOSTINHO (1937-2022)

O filho primogénito de Agostinho da Silva, Pedro Manuel Agostinho da Silva, nascido em Lisboa, em 1937, do casamento do autor de Reflexão com sua prima Berta David, faleceu no passado dia 9, na Bahia.

Historiador e antropólogo emérito desde sempre radicado no Brasil (não obstante a sua presença regular em Portugal), onde investigou e leccionou em diversas universidades (Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, Universidade de Brasília e Universidade Federal da Bahia), Pedro Agostinho destacou-se de modo ímpar no domínio da etnologia indígena e do indigenismo, conforme se sublinha no número do Boletim Informativo do Museu de Arqueologia e Etnologia da universidade baiana, por si fundado, que em 2013 lhe fora inteiramente dedicado.

António Telmo conheceu Pedro Agostinho e com ele conviveu, quer durante a sua passagem docente pela Universidade de Brasília, quer, mais tarde, já em Portugal, por diversas ocasiões, uma das últimas tendo por certo sido aquando da realização do Colóquio “Uma Conversa com Agostinho”, realizado em 23 de Novembro de 2002 no Auditório Municipal Conde de Ferreira, em Sesimbra, organizado pela Câmara Municipal de Sesimbra por dedicada sugestão de Helena Briosa e Mota e em que além de Telmo e Pedro Agostinho foi também orador António Reis Marques. É precisamente de Helena Briosa e Mota o belo e precioso testemunho sobre Pedro Agostinho que hoje, em preito de homenagem, se publica nesta página.