ONTEM, NA QUINTA TARDE TÉLMICA, EM SESIMBRA: PASCOAES, TELMO E QUADROS EM DIÁLOGO NO CENTENÁRIO DA «ARTE DE SER PORTUGUÊS»
foto-reportagem de Filipe Nobre Gomes
Depois do interregno estival, as Tardes Télmicas regressaram ontem à tarde à histórica Sala Polivalente da Biblioteca Municipal de Sesimbra, aquela onde António Telmo proferiu a sua derradeira conferência. No ano em que se comemora o centenário de Arte de Ser Português, de Teixeira de Pascoaes, foi a vez de o poeta do Marão e da Saudade estar em foco, tanto mais que é já este mês que, entre os dias 14 e 16, se vai realizar em Lisboa o Congresso Internacional "A Arte de Ser Português no centenário da sua publicação", a que o Projecto António Telmo. Vida e Obra se encontra associado como parceiro. E daí que a sessão se tenha iniciado com a apresentação desta iniciativa, e do Triénio Pascoalino em que ela se insere, por Sofia A. Carvalho, uma das principais responsáveis pela organização do evento. Depois, Eduardo Aroso falou sobre a Arte de Ser Português, cem anos depois, como que fazendo uma visita guiada pelo célebre e emblemático livro de Pascoaes. Luís Afonso, por seu turno, deteve-se no capítulo VIII da História Secreta de Portugal, que António Telmo consagrou a Teixeira de Pascoaes, o poeta da Natureza, cabendo a Sofia A. Carvalho oferecer aos presentes uma panorâmica da vida cultural portuguesa ao longo do século XX, da Arte de Ser Português, de Pascoaes, à Arte de Continuar Português, de António Quadros. O debate, vivo e espontâneo, que se seguiu, constituiu para alguns dos presentes um verdadeiro cartão de visita da vida, da obra e do pensamento de Pascoaes, permitindo fechar com chave de ouro o colóquio "No centenário da Arte de Ser Português, de Teixeira de Pascoaes".
O