NO PRÓXIMO DIA 2 DE MAIO, ÀS 19:30, NA ESCOLA DE MEDICINA TRADICIONAL CHINESA, EM LISBOA, COMEMORANDO O 98.º ANIVERSÁRIO DE ANTÓNIO TELMO
A partir da análise da obra de António Telmo, Pedro Martins procura surpreender o diálogo intelectual que ele manteve com o francês René Guénon, nome cimeiro, no plano mundial, do esoterismo e do pensamento iniciático. Apesar de várias passagens da sua obra serem amplamente tributárias da fecunda lição simbológica e doutrinal do autor de O Reino da Quantidade e os Sinais do Tempo, as dissonâncias e as divergências que, de um modo evidente, se foram estabelecendo à medida que Telmo criava a sua obra, levarão o leitor atento a postular uma incompatibilidade radical entre duas visões muito distintas da iniciação.
Analisando alguns contos de António Telmo, nomeadamente “Trabalho de Grupo”, e outros textos seus, mas também cartas do poeta, ocultista e seguidor de Gurdjieff, Max Hölzer, para Telmo, Risoleta C. Pinto Pedro tentará compreender por que razão o nosso filósofo da Razão Poética aceitou conhecer Hölzer por intermédio e sugestão de José Marinho, e ainda o ajudou a formar, em Lisboa, um grupo de estudos ocultistas de que ele próprio viria a fazer parte, apesar de ter presente o aviso de René Guénon: “Fujam de Gurjieff como da peste!”. E tentará também entender as razões que o levaram, mais tarde, apesar do apreço pelas qualidades intelectuais e ocultistas de Hölzer, a abandonar o grupo.