NO PASSADO SÁBADO, NA BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL DE SETÚBAL: INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO «CARTAS VÁRIAS» E LANÇAMENTO DE «CARTAS DE AGOSTINHO DA SILVA PARA ANTÓNIO TELMO»

[Rui Lopo, António Cândido Franco, Daniel Pires e Pedro Martins. Agradecemos a Pedro Grilo e Cláudia Batista a gentil cedência da foto]

As comemorações agostinianas de matriz télmica conheceram mais um momento alto, na tarde do passado sábado, na Sala Polivalente da Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, com a apresentação do livro Cartas de Agostinho da Silva para António Telmo, editado pela chancela eborense da Licorne em parceria com o projecto António Telmo. Vida e Obra. Numa sessão conduzida por Daniel Pires e muito participada pelo público presente, e organizada pelo nosso projecto em parceria com o Centro de Estudos Bocageanos e a edilidade sadina, António Cândido Franco, biógrafo de Agostinho da Silva, apresentou este novo volume, que já havia prefaciado, e que foi transcrito, organizado, anotado e comentado por João Ferreira (também autor de um precioso comentário posfacial), Pedro Martins e Rui Lopo, e que contou ainda com a colaboração especial de Maria Antónia Vitorino, Amon Pinho Davi, António Cândido Franco, Armando Carmelo e Romana Valente Pinho. Imediatamente antes, foi inaugurada a exposição Cartas Várias: correspondência de Agostinho da Siva para António Telmo e sua afilhada, comissariada por Pedro Martins e Rui Lopo, que animaram ainda, na segunda parte da sessão, um Jogo de Espelhos, pelo qual procuraram mostrar as visões recíprocas que Agostinho e Telmo nos deixaram um do outro. Saliente-se que, depois de Agostinho da Silva em Sesimbra, de Pedro Martins e António Reis Marques, editado em Abril pelo Centro de Estudos Bocageanos, Cartas de Agostinho da Silva para António Telmo é já o segundo volume de agostiniana a sair a lume sob a égide do nosso projecto, no ano em que se comemoram duas décadas sobre a partida de Agostinho da Silva. Seguir-se-á a publicação, no número duplo 73-74 da revista de cultura libertária A IDEIA, de um texto prefacial inédito de Agostinho da SIlva para um livro "perdido" de António Telmo, por este escrito em Brasília. As comemorações agostinianas de matriz télmica, que nos próximos meses irão chegar ao Redondo e ao Porto, adquirindo expressão nacional, constituem-se, assim, como um factor exemplar na divulgação da vida e da obra de Agostinho da Silva, mormente no plano bibliográfico, atentos os contributos dados no ano em curso com todas estas publicações.