LANÇAMENTO EM ESTREMOZ DO III VOLUME DAS OBRAS COMPLETAS DE ANTÓNIO TELMO: A FOTO-REPORTAGEM

Numa sessão conduzida por Hernâni Matos, a Casa de Estremoz, no coração da cidade onde António Telmo viveu, escreveu e ensinou nas últimas décadas, recebeu no passado sábado a sessão À Descoberta de António Telmo e Luís de Camões, promovida pelo nosso Projecto em parceria com a Associação Filatélica Alentejana e com o apoio da edilidade local. A sessão iniciou-se com uma evocação de Telmo por António Cândido Franco, que abordou três linhas reitoras: a poesia, a política e a espiritualidade. Cândido Franco recordou, como fez questão de frisar, o seu António Telmo, um filósofo-poeta que representa a condição marrana pela via sebastianista da Renascença Portuguesa, e um homem de Esquerda que culmina o seu trajecto espiritual pelo ingresso na Ordem Maçónica. Em seguida, Rui Arimateia apresentou Um António Telmo: Marranismo, Kabbalah e Maçonaria, o mais recente livro de Pedro Martins (que inaugurou, na Zéfiro, a Colecção Thomé Nathanael - Estudos Sobre António Telmo), privilegiando a primeira parte da obra, a Teoria do Marranismo, ao assinalar as convergências e as divergências teóricas existentes entre Telmo e Agostinho. Arimateia sublinhou ainda a vasta rede de referências dialogantes que se encontram neste livro. Coube a Elísio Gala apresentar a primeira parte do III Volume das Obras Completas de António Telmo, Luís de Camões e o Segredo d'Os Lusíadas seguido de Páginas Autobiográficas, editado pela Zéfiro, acentuando, com a leitura de alguns poemas de Camões, a grande importância da lírica camonina para a desocultação hermenêutica da épica e o papel decisivo da Pátria no pensamento de Telmo. Pedro Martins, por fim, deu a conhecer os pontos de relevo e as novidades que este novo volume traz no plano da autobiografia do filósofo. Trinta e cinco anos depois da conferência sobre O Segredo d'Os Lusíadas no Palácio Foz, sob o signo do solstício, António Telmo está bem vivo na memória dos corações!