FALECEU ARMANDO CARMELO
Armando Carmelo, uma das mais marcantes figuras do universo télmico, faleceu no passado mês de Setembro. António Telmo travou com ele amizade quando chegou a Estremoz, em 1965, e iniciou o seu convívio com o grupo que se reunia no Café Águias de Ouro, e do que qual faziam ainda parte Aníbal Falcato Alves, o escultor Rocha Correia, José Luís Conceição Silva (que, para o efeito, se deslocava de Évora a Estremoz), e o cónego Alegria, musicólogo de mérito. Já como director da recém-criada Escola Preparatória do Redondo, Telmo obteve do Ministério da Educação carta branca para a sua contratação como professor daquele estabelecimento de ensino. Embora tivesse apenas o 5.º ano do Liceu (actual 9.º ano de escolaridade) e trabalhasse até então nas bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, Carmelo, artista extremamente dotado no domínio do Desenho, e pessoa de grande cultura, não só viria a revelar-se um extraordinário professor, como, em conjunto com António Telmo, projectou também as obras na escola. Era cunhado do pintor Armando Alves e, em 15 de Novembro de 2014, evocou António Telmo na Biblioteca Municipal do Redondo, no edifício onde aquela escola havia sido instalada, por ocasião da apresentação das Cartas de Agostinho da Silva para António Telmo naquela vila alentejana. À família enlutada, apresentamos as nossas sentidas condolências.