«AGOSTINHO DA SILVA EM SESIMBRA»: UM LIVRO DE PEDRO MARTINS E ANTÓNIO REIS MARQUES
A ideia deste livro, que vai ser prefaciado por António Cândido Franco e apresentado em Sesimbra, no próximo dia 3 de Maio, por Miguel Real, surgiu na sequência da palestra com o mesmo título que Pedro Martins proferiu em 8 de Junho do ano transacto, na camonina Piscosa, na «Tarde Atlântica com Agostinho da Silva», e foi progressivamente ganhando contornos como seu natural desenvolvimento e corolário. O resultado final é um amplo estudo em nove capítulos com prólogo e epílogo, a que se juntam os testemunhos agostinianos de António Reis Marques, um dos grandes amigos do autor de Reflexão e hoje o decano guardião da memória sesimbrense, e a histórica, por derradeira, entrevista que Agostinho da Silva concedeu, em Setembro de 1993, ao mensário sesimbrense Raio de Luz, numa conversa com Pedro Martins, António Ladeira e José Pedro Guerreiro Xavier.
Beneficiando largamente dos testemunhos recolhidos e de muitos documentos nunca antes considerados, como a correspondência de Agostinho da Silva para António Telmo - meia centena de cartas que Pedro Martins, aliás, transcreveu para o próximo número da revista «Nova Águia» - e para a sua afilhada Anahi, filha de António Telmo e primeira dedicatária deste estudo de Martins, Agostinho da Silva em Sesimbra, que é também, em boa parte, um livro sobre Telmo, procura estudar exaustivamente os desígnios e os projectos sesimbrenses de Agostinho, trazendo, também, ao conhecimento geral alguns dados novos do ponto de vista biográfico, no ano em que se comemora o vigésimo aniversário da morte do filósofo. Recorde-se que Agostinho da Silva teve em Sesimbra a sua segunda morada durante duas décadas bem contadas, logo após o seu regresso do Brasil, e até ao fim da sua vida.