ABEL DE LACERDA BOTELHO, MARIA AZENHA E PAULO BRANDÃO NO PROJECTO «ANTÓNIO TELMO. VIDA E OBRA»
O ano de 2016 inicia-se, para o Projecto António Telmo. Vida e Obra, com a adesão de três novos membros, a quem desde já saudamos.
Abel de Lacerda Botelho, amigo e condiscípulo de António Telmo no magistério de Álvaro Ribeiro e José Marinho, nasceu em Vila Real em 1944. Advogado, foi agraciado em Nova York com o título de Doutor Honoris Causa em Direito Internacional Comparado pela Universidade "PRODEO". Fundou a Ordem de Ourique, para a Defesa da Portugalidade. «Exemplo vivo de partilha» nas palavras de Pinharanda Gomes, «o seu nome fica indissoluvelmente ligado a uma iniciativa cultural que tem marcado pela sua presença desde 1986: a Fundação Lusíada, por ele criada e dotada, instituição privada e independente, vocacionada para a promoção da cultura lusíada, que já levou a efeito inúmeros colóquios, congressos e seminários (tanto em Portugal como na Suíça, pois a Fundação tem sede em Lisboa e Friburgo) além de já ter editado mais de trinta obras de literatura e filosofia portuguesas, dos mais exigentes escritores.
A Colecção Lusíada, onde António Telmo publicou Viagem a Granada (2005), «é, hoje em dia, uma seríssima iniciativa editorial, de resto muito considerada no mundo cultural. Escritor, tem utilizado, além do ortónimo, dois criptónimos: August' Alvão, e André Sophia. Seus principais escritos: Um Salmo Português, 2000; A Geopolitica dos Descobrimentos Portugueses, 2001; Um Conto para Todos os Jovens Lusos, 2001; A Pedra Angular Império do Futuro, 2002; O Mistério de Fátima; "Luís de Camões - Cavaleiro da Ordem do AMOR" (Palestra); Para Além da Ideia de Deus em Fernando Pessoa; A Cultura Portuguesa como Liberdade de Expressão e de Vivência de um Povo; A Utopia em Fernando Pessoa e Fernando Pessoa na Utopia; "O Vocábulo Pedra n' Os Lusíadas e Os Lusíadas como Pedra Angular da Literatura Portuguesa" (Palestra); "O Brasão Real de Portugal descrito e explicado por Camões nos Lusíadas" (Palestra); "Portugalidade e os Lusíadas" (Palestra); O Número e a Vida.»
Pinta e publica poemas on-line. Tem declamado, em público, poesia sua e alheia.
Paulo Brandão, que conviveu com António Telmo, nasceu em Lisboa em 1950 e iniciou os seus estudos musicais aos quatro anos de idade, na Fundação Musical dos Amigos das Crianças. Em 1965, frequentou a Academia de Amadores de Música e, pouco depois, o Conservatório Nacional, onde se diplomou em Trompa e Composição. Frequentou ainda vários cursos e seminários nacionais e internacionais nas áreas de Direcção Coral e Composição (com Peter Sefcik, Alemanha; Michel Corboz, Suiça; Vassili Arnaudov, Bulgária; Gunther Toring; Anton Rubev, Bulgária; Bernard van Beurden; Manuel Cabero, Espanha). Em 1987, a sua peça Colecvisufonia I foi seleccionada para o Festival International World Music Days, que decorreu em Helsínquia. Estigma e Acqueos Fire foram seleccionadas, respectivamente, para os Festivais de Budapeste (1986) e Amesterdão (1989). Diversas outras peças de sua autoria têm sido apresentadas no País e no estrangeiro, em festivais e concertos. No domínio da ligação da música com outras formas de espectáculo, escreveu partituras para teatro, cinema e bailado, tendo-lhe sido atribuído o prémio da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro para a melhor música para teatro representado em 1992, pela banda sonora das peças Os Cavaleiros da Távola Redonda e Onde Está a Música?, ambas produções do Teatro da Malaposta. É professor das classes de Coro e Análise e Técnicas de Composição no Conservatório Nacional de Lisboa. Desde 1997 que é membro da Camarata da Cotovia, como cantor e instrumentista. Paulo Brandão é director artístico do Coral Públia Hortênsia desde 1973, do Grupo Vocal Arsis desde 1989 e do Coro Ad Divitias, do INE, desde 1999. "Olhando para muitas coisas que tenho feito, de facto, os caminhos que eu percorro são muito marcados por experiências diferentes (...) E esses caminhos, que se cruzam algures, não sei onde, são todos diferentes mas têm uma linha comum com o meu pensamento e a minha maneira de escrever. Isso é interessante, porque, se no início, eu era uma pessoa muito marcada pela 2ª Escola de Viena (...) rapidamente depois comecei a apreciar o som por si só, e comecei a viver experiências politonais e pantonais. Olhando para trás, se calhar uma coisa tem a ver com a outra (...)" Paulo Brandão (Dezembro de 2003)